Os vigilantes que prestam serviço em várias instituições da Bahia iniciaram, na manhã desta terça-feira (10), uma greve por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato dos Empregados de Empresas de Segurança e Vigilância do Estado (Sindivigilantes), a decisão ocorreu durante uma assembleia coletiva e depois de muitas tentativas de reajuste salarial com o setor patronal.
“No ano de 2019, nós tivemos 13 rodadas [de negociação], incluindo o Ministério Público Estadual (MP-BA) e nada andou. Agora [neste ano], tivemos outras rodadas, mas não tivemos avanço. Por isso, a categoria escolheu fazer a greve por conta da intransigência do patrão”, disse Jeferson Fernandes, Secretário de Comunicação do sindicato.
De acordo com o Sindivigilantes, entre as reivindicações estão a falta de uma convenção coletiva de reajuste salarial (a última ocorreu em fevereiro de 2018); perda salarial acumulada diante da inflação. Eles argumentam também que sem uma convenção coletiva os profissionais ficam desprotegidos, inseguros e com riscos de vida.
Por causa da greve, algumas agências bancárias, em diferentes pontos do estado, suspenderam o funcionamento nesta terça. Na região norte da Bahia, das 11 agências de Juazeiro, todas estão fechadas.
Já em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 Km de Salvador, pelo menos sete agências da Caixa Econômica Federal também foram fechadas. Não há detalhes do total de agências na cidade.
Por meio de nota, o Museu de Arte da Bahia informou que todos os museus de Salvador, administrados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (Ipac), suspenderam as atividades. São eles: Museu de Arte Moderna da Bahia, Museu de Arte da Bahia, Palacete das Artes, Centro Cultural Solar Ferrão, Museu Tempostal, Museu Udo knoff, Parque Histórico Castro Alves, Museu Recolhimento dos Humildes. A previsão é que o funcionamento seja retomado com o final da greve dos vigilantes.