Especialistas confirmam que o verão aumenta o clima “eu não quero só beijar, mas também fazer amor” dos brasileiros. Isso porque, na estação mais quente do ano, a pele recebe oxitocina, conhecido como o hormônio do amor, através do sol.
A luz solar também estimula a hipófise liberando hormônios sexuais como o estrogênio e a testosterona. Mas com o clima quente fora e dentro de casa, o alerta para os cuidados na hora do prazer é ligado pelos especialistas.
Com a alta frequência sexual, consequentemente o risco de contrair ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) também aumenta. O urologista Frederico Mascarenhas, chefe da Urologia do Hospital São Rafael, explica que o maior consumo de bebida alcoólica na estação, também pode influenciar na falta de cuidados durante a relação sexual.
O profissional conta que as ISTs mais frequentes são as que produzem ferimentos como a sífilis e a herpes, além das que produzem infecções na uretra, as uretrites.
“As uretrites podem ser causadas por germes da classe dos gonococos, como a gonorreia e as não gonocócicas, que as principais bactérias causadoras são clamídia, micoplasma e ureaplasma”, explica.
O uso das camisinhas como preservativo ainda é o método mais eficaz de prevenção, mesmo não garantindo a proteção completa contra as infecções. As infecções através de contato cutâneo (através da pele), ou de feridas, ainda podem ser transmitidas caso estejam em áreas expostas não cobertas pela camisinha.
“As principais são a herpes e o HPV, o vírus do papiloma humano que produz verrugas genitais em homens e mulheres e aumenta o risco de câncer de colo de útero”, diz o especialista.
Quanto a primeira identificação do aparecimento de alguma IST, é preciso ficar atento ao surgimento de alterações incomuns nas regiões genitais, como ferimentos, secreção uretral, ardor ao urinar, aparecimento de feridas, manchas na roupa íntima e até mesmo aumento da frequência urinária por irritação causada por esses germes.
Frederico ressalta que no homem as principais manifestações são externas, o que facilita a identificação, mas nas mulheres essas infecções podem ficar no colo do útero e se manifestarem através de corrimentos ou mau cheiro. Em ambos os casos, a procura de um especialista para fazer essa identificação é fundamental para o tratamento adequado.