A secretaria de Saúde da Bahia vai esperar o número de casos de Covid-19 no estado estabilizar para adotar o uso de testes rápidos em massa. Foi o que afirmou o secretário Fábio Vilas-Boas em entrevista à TV Bahia no início da tarde desta quarta-feira (29).
Segundo explicou o chefe da Saúde, o teste rápido, chamado de sorológico, tem baixa confiabilidade no diagnóstico. “Ele é muito fraco na sua capacidade de diagnosticar. Ele só dá positivo depois de sete a dez dias [que a pessoa está infectada]. Consequentemente, muitas pessoas testarão negativo e ainda assim poderão ter o vírus e acharão que não têm”, afirmou.
A ideia então, segundo Vilas-Boas, seria utilizar os testes rápidos mais adiante, quando o número de casos de Covid-19 no estado estabilizar, com enfoque na detecção do anticorpo que sinaliza que a pessoa já teve a infecção, “já desenvolveu anticorpos protetores e agora tem condições de ser devolvida para a sociedade de forma segura para poder trabalhar”.
“Com isso, a gente vai poder auxiliar profissionais de saúde, de segurança, profissionais que trabalham em transportes coletivos em contato com a população, ajudando na fase de relaxamento desse isolamento, desse ‘lockdown’ parcial que nós estamos fazendo em todo o estado. Essa ferramenta, então, deverá vir a ser utilizada mais adiante, como estratégia de afrouxamento do distanciamento”, explicou o secretário.