Os candidatos a prefeito e a vereador de todo o país começam a fazer a campanha eleitoral neste domingo (27) com os novos desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus. A necessidade do distanciamento social e das regras sanitárias fará com que o corpo a corpo nas ruas seja substituído pelo engajamento nas redes sociais. 
Segundo o advogado Renato Ribeiro de Almeida, membro da comissão de direito eleitoral da OAB-SP, o uso das redes sociais é o principal diferencial destas eleições municipais, se comparadas a 2016. “Nas eleições presidenciais de 2018 tivemos uma experiência com as redes sociais na campanha, mas em 2016 somente o eleitor podia divulgar mensagens e conteúdo dos candidatos.
Ou seja, era um engajamento espontâneo. Neste ano, devido à pandemia, a Justiça Eleitoral recomenda o uso das redes, desde que obedecendo as regras”, diz. Pelas regras destas eleições, candidatos, partidos ou coligações poderão usar seus perfis nas redes sociais para pedir votos e divulgar propostas. Eles também vão poder contratar empresas para impulsionar essa divulgação, mas não poderão comprar cadastros de números de celulares para mandar mensagens pelo WhatsApp, por exemplo. 
Todos esses gastos terão de ser pagos pela campanha e deverão constar na prestação de contas. Para evitar o uso indevido das redes sociais na campanha eleitoral, Facebook e Instagram já colocaram em funcionamento um centro de operação virtual para avaliar possíveis casos de fake news e ataques com perfis falsos, por exemplo. O objetivo do grupo é solucionar potenciais problemas identificados pela tecnologia e responder o mais rápido possível. Enquanto isso, as ruas podem ser usadas para distribuir panfletos, sempre respeitando o distanciamento.


Fonte: Voz da Bahia