Recentemente, o músico e compositor Tom Zé, 87 anos, sofreu uma queda em sua residência, que o levou ao hospital onde permanece internado para tratamento de uma fratura no quadril. O episódio chamou atenção para uma realidade que atinge milhares de idosos no país: as quedas, especialmente em ambientes domésticos.

Segundo dados do governo federal, divulgados em 2022, cerca de 40% dos idosos com 80 anos ou mais sofrem quedas anualmente, muitas vezes resultando em fraturas no fêmur e no quadril. “A população idosa tem um risco elevado de fraturas, principalmente devido à osteoporose, que é bastante comum. Além disso, há a sarcopenia, que é a perda de massa muscular, resultando em fraqueza muscular e óssea. Essa combinação aumenta o risco de quedas”, explica o ortopedista Davi Veiga, especialista em traumas de quadril.

Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), até julho de 2024, 5.277 pessoas com 60 anos ou mais foram internadas no estado após quedas. Além disso, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) registrou 3.172 atendimentos a idosos que sofreram acidentes desse tipo apenas neste ano.

A gravidade das fraturas, especialmente as que ocorrem no quadril, pode desencadear uma série de complicações. “O quadril é especialmente vulnerável, e quando fraturado, pode limitar a mobilidade do idoso, levando-o a ficar acamado. Se o idoso mora sozinho, ele pode não conseguir chamar socorro, o que pode ser fatal”, conta o médico.

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Fonte:Foto: A TARDE/Mila Souza/ Ag. A TARDE