Agentes da Polícia Federal realizaram protestos em Brasília e outros vários estados do Brasil contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Associações de delegados, peritos e policiais dizem que o governo não cumpriu promessas e que desvaloriza a categoria.
À coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Edvandir Paiva, reivindicou melhorias. “Esse governo prometeu nos valorizar e nesse período só tomamos porrada. Salários congelados, perdemos benefícios previdenciários, perdemos com a PEC Emergencial. Cadê a valorização prometida?”, questionou.
Ele e outros representantes de entidades colocaram faixas em frente à sede da PF em Brasília. O ato ocorreu na terça-feira (16), dia do Policial Federal.
Também presente, o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, Marcos Camargo, citou as perdas com a reforma da previdência e com a PEC Emergencial para dizer que o ato teve como objetivo apontar para a falta de reconhecimento do governo Bolsonaro.
“Estamos numa fase em que buscamos a valorização que foi prometida, (o presidente ) se elegeu com base no discurso de valorização da PF e o cenário é o contrário, é um cenário de retrocesso para a polícia”, disse Camargo.
O apoio dos policiais na eleição de Bolsonaro também foi abordado por Luis Antônio Boudens, da Federação Nacional dos Policiais Federais, para cobrar uma “atenção imediata” do governo às pautas da classe. “É notório que esse governo foi eleito com a bandeira da segurança pública, o próprio filho do presidente é policial federal (o deputado Eduardo Bolsonaro é escrivão da PF). Mas por que os militares ficaram de fora das reformas e os policiais foram deixados de lado na hora de terem os direitos preservados?”, questionou Boudens.