Dia 21 de setembro, foi a data escolhida, nacionalmente, para celebrar a luta pelos direitos das pessoas com deficiência. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira, 21, revelou que 8 em cada 10 pessoas com deficiência vivem com até 1 salário mínimo per capita na Bahia.
Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. Na Bahia, a situação é alarmante. O estado ainda possui 4º maior percentual do país, com 1,182 milhão de pessoas com deficiência morando em domicílios com renda mensal per capita inferior a R$ 998.
No Brasil, em 2019, 8,4% da população de 2 anos ou mais de idade tinham ao menos uma deficiência, o que correspondia a 17,258 milhões de pessoas. Acima da Bahia, com as três maiores proporções, estavam Sergipe (12,3%), Paraíba (10,7%) e Ceará (10,6%). No outro extremo, ficavam Distrito Federal (5,2%), Mato Grosso (5,6%) e Roraima (5,9%). Em números absolutos, apenas São Paulo (3,316 milhões) e Minas Gerais (1,976 milhão) superavam a Bahia.
Já a proporção de pessoas com deficiência que trabalhavam, ou seja, o nível da ocupação, em 2019, na Bahia, era cerca de metade do verificado entre as pessoas sem deficiência: 24,5% e 56,5%, respectivamente – num quadro semelhante ao do país como um todo (25,4% e 60,4%).
Além disso, dentre as pessoas que trabalhavam, a percentagem que estava em ocupações formais também era significativamente menor entre quem tinha deficiência, Na Bahia, só 22,7% das pessoas com deficiência que trabalhavam eram formalizadas (77,3% estavam na informalidade), frente a 37,6% das que não tinham nenhuma deficiência. No Brasil, as taxas de formalização eram maiores para ambos os grupos populacionais, mas a desigualdade era bem parecida: 34,3% dos trabalhadores com deficiência eram formais, frente a 50,9% dos trabalhadores sem deficiência.
Fonte: A Tarde