O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou hoje (3) ao portal CNN, que vai ouvir os representantes do ensino superior antes de decidir se, finalmente, vai revogar ou não o decreto que determinava a volta às aulas nas universidades federais a partir de 4 de janeiro.
A possibilidade de fazer ajustes na portaria ao invés de revogá-la surgiu após uma declaração do presidente Jair Bolsonaro, ontem (2), afirmando que quer o retorno das atividades presenciais em todos os níveis da educação.
O governo justifica que a revogação não faria sentido pois há a expectativa de que haja a vacina em 2021. Desta forma, se apenas ajustada, poderia mudar o mês ou determinar que a volta presencial ocorra apenas quando a vacinação iniciar.
O Ministro reconheceu, porém, após manifestações contrárias das universidades, a falta de planejamento das entidades para o retorno da aula e disse que pretende “ouvir o mundo acadêmico” e garante sensibilidade ao sentimento da população, que está preocupada com o avanço da pandemia no país.
Logo após determinação do MEC, o reitor da Universidade Federal da Bahia, João Carlos Salles, divulgou ontem (2) uma nota afirmando que a instituição não retornaria a ter aulas presenciais em janeiro com o argumento de que “não colocará em risco a vida da comunidade, nem deixará de cumprir, com autonomia, sua missão própria de ensino, pesquisa e extensão”, disse.