O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá que compatibilizar as nomeações de senadores da base aliada para evitar um desfalque na Casa, que também foi foco de preocupação para Jair Bolsonaro (PL) em sua gestão. A Casa impôs importantes derrotas ao atual mandatário ao longo dos últimos quatro anos.
De acordo com o portal Metrópoles, dos senadores aliados, Lula cogita ao menos oito em ministérios. Os nomes mais fortes são de Flávio Dino (PSB-MA), Wellington Dias (PT-PI) e Jaques Wagner (PT-BA). O trio é cogitado para pastas importantes na Esplanada, como Justiça, Casa Civil, Economia (pasta que deverá ser desmembrada em pelo menos duas, Fazenda e Planejamento) e Defesa.
Porém, a falta de experiência política dos suplentes do trio preocupa Lula. No caso de Wagner — que já foi ministro tanto de Lula quanto de Dilma — o primeiro suplente é Bebeto, do PSB, partido da base. No entanto, a segunda suplente é Luciana Leão Muniz, do PL, partido de Bolsonaro. Assim como Dino e Dias, Wagner é tido como valioso no Senado em razão de sua habilidade política.
Outros senadores aliados cotados para ministérios são Carlos Fávaro (PSD-MT) e, com menos chances, estaria Otto Alencar (PSD-BA), Humberto Costa (PT-PE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Camilo Santana (PT-CE).
Segundo o portal, Otto disputaria o comando do Ministério da Saúde com Costa. O senador baiano é médico de formação e sua promoção a ministro da Saúde implicaria em aceno a Gilberto Kassab, presidente do PSD.
Preferido na bolsa de apostas, o único empecilho para Costa assumir a pasta é o temor do governo petista em, com a sua saída, enfraquecer a bancada no Senado. O primeiro suplente do senador pernambucano é Waldemar Oliveira, filiado ao Avante, legenda sem representatividade na Casa Legislativa.
Fonte:Bahia Notícias