O preço da gasolina segue nas alturas. Em alguns estados, o litro já ultrapassa os R$ 7, e a expectativa é de mais aumentos.
Uma das principais explicações está no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que varia de estado para estado.
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O ICMS representa hoje cerca de 30% do preço final da gasolina. Em São Paulo, por exemplo, o CMS está em 25%, já no Rio de Janeiro metade do valor do preço do litro de gasolina é imposto.
Segundo a analista de economia da CNN Priscila Yazbek, isso acontece porque o Rio tem uma economia “mais fraca” que São Paulo, ou seja, depende mais de ICMS e o preço da gasolina pesa um pouco mais.
À CNN, Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura, deu soluções para reduzir o preço da gasolina, inclusive diminuir essa assimetria de valores que vemos entre os estados.
Segundo ele, o ICMS deveria ser cobrado em cima do preço que sai da refinaria. Hoje, o percentual é cobrado sobre o valor nos postos, coletados a partir de um levantamento feito pelos estados, o que dá margem para erros.
Além disso, ele sugere ainda que o ICMS seja cobrado em real por litro em vez de percentual, algo inclusive defendido pelo governo federal. Assim, o valor seria fixo e não aumentaria conforme os preços do petróleo.
Para Pires, a solução para os preços altos, no geral, seria uma reforma tributária de combustíveis, com isonomia, imposto igual para todos os estados. Isso reduziria a sonegação, que hoje fica em R$ 25 bilhões por ano. (CNN Brasil)