O Ba-Vi está de volta às finais do Campeonato Baiano. Bahia e Vitória confirmaram o favoritismo e vão brigar pela taça em 2024. O primeiro encontro será neste domingo (31), às 16h, no Barradão, enquanto a volta acontece uma semana depois, no dia 7 de abril, no mesmo horário, na Fonte Nova.
Além de definir o campeão da edição, a decisão também servirá como um tira-teima histórico para as duas equipes. Afinal, até aqui, é o equilíbrio quem dá o tom no clássico pelas finais do Baianão. São 13 títulos para cada lado, incluindo o troféu de 1999, que é dividido.
Os dados informados nessa reportagem são de levantamento feito pelo administrador Pedro Pereira, que alimenta o perfil ECBahia Números nas redes sociais. Foram levadas em conta apenas as edições do estadual em que Bahia e Vitória fizeram, de fato, uma final.
A explicação é simples. Segundo estadual mais antigo do país, o Campeonato Baiano já adotou diferentes formatos em sua história e, em alguns deles, o campeão saiu de outra forma – como em quadrangulares ou triangulares.
Um exemplo clássico é do ‘Ba-Vi de Raudinei’. O histórico jogo valeu a taça do Baianão de 1994, mas, na prática, era mais uma partida dentro de um triangular com Bahia, Vitória e Camaçari. Desta forma, não houve uma final naquele ano.
Uma situação semelhante ocorreu durante a conquista do Leão em 1989. Também houve um clássico na última rodada, mas o encontro aconteceu dentro de um quadrangular decisivo. Além do tricolor e rubro-negro, Catuense e Leônico também estavam na briga.
Assim, a edição de 2024 marcará a 26ª final, de fato, entre Bahia e Vitória no Campeonato Baiano. Aliás, apesar de ser um confronto tradicional, o Ba-Vi demorou para acontecer no torneio. A primeira decisão entre os rivais só ocorreu em 1947. Ou melhor, no dia 4 de janeiro de 1948, mas o duelo valeu a taça do Baianão do ano anterior. O tricolor levou a melhor.
Já o primeiro título rubro-negro sobre o Esquadrão só veio na terceira oportunidade, em 1955. Ali, o Leão precisou bater o adversário em uma final no formato ‘melhor de três’.
Ao longo dos anos, Bahia e Vitória se revezaram em momentos de domínio. Depois de ‘empatarem’ no número de títulos sobre o rival em 1972, com quatro para cada, o tricolor se deu bem em 1974, 1975, 1976, 1979 e 1981, e ficou com a vantagem por 9×4. O troco rubro-negro veio nas edições de 2000, 2004, 2005, 2009 e 2010, deixando o placar em 10×10. Desde então, ninguém conseguiu abrir grande diferença.
Título dividido
O Baianão de 1999 terminou com polêmica. Com campanha melhor, o Vitória tinha o direito de escolher o campo em que disputaria a partida de volta. Mas o Bahia, em uma ação judicial, conseguiu fazer com que o segundo jogo fosse movido para a Fonte Nova, sem o consentimento do rival.
No dia do clássico, cada um foi para um estádio, e o encontro não ocorreu. Assim, os times cometeram um ‘duplo W.O.’, e ambos se consideraram campeões. A definição veio apenas em 2005, dividindo a taça entre as equipes.
Fonte: Correio/Crédito: Victor Ferreira/EC Vitória