O acusado de ter assassinado a estudante Elitânia de Souza da Hora, graduanda em Serviço Social na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), vai a júri popular na cidade da Cachoeira. A estudante, moradora e líder na Comunidade Quilombola do Tabuleiro da Vitória morreu aos 25 anos. Elitânia também era ativista de direitos humanos.
Elitânia de Souza foi assassinada a tiros quando retornava da universidade na companhia de uma amiga no dia 27 de novembro de 2019 (saiba mais). O acusado do feminicídio, seu ex-companheiro, não aceitava o fim do relacionamento.
Segundo informações da polícia, o acusado já havia agredido a estudante e a ameaçava constantemente. A vítima tinha uma medida protetiva emitida pela Justiça de Cachoeira contra o ex-companheiro e outra chegou a ser solicitada em dezembro de 2018, na comarca da cidade vizinha, São Félix.
Quatro anos após o crime, o processo corre em segredo de Justiça e encontra-se em andamento. O acusado está preso de forma preventiva no Conjunto Penal de Feira de Santana e será levado a júri popular.
Leticia Ferreira, advogada e diretora da Tamo Juntas, organização que presta assistência a mulheres em situação de violência e que integra a articulação da Semana Elitânia de Souza, relata que foi sorteada uma lista preliminar para composição do júri popular.
“Agora nós estamos aguardando que a vara criminal de Cachoeira agende o tribunal do júri, que é quando ele novamente será interrogado, bem como as testemunhas”, descreveu a advogada à Revista Afirmativa. Letícia está habilitada no processo como assistente de acusação no caso.
Fonte:Diário da Notícia