O Bahia vive uma nova fase nos seus quase 92 anos de existência. Com dinheiro aportado pelo Grupo City, o Esquadrão tem se mostrado mais agressivo no mercado de contratações e, nos próximos dias, pode bater recordes na compra de jogadores.
Desde que teve a sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF) aprovada e vendida para o Grupo City – falta só o processo formal de constituição da SAF -, a expectativa criada é que o clube invista mais no futebol, o que de fato está acontecendo. Nas últimas semanas, o Bahia fez propostas que juntas somam cerca de R$ 44 milhões por quatro atletas. Destes, um já foi anunciado e dois estão encaminhados.
O primeiro investimento realizado para a próxima temporada foi o zagueiro Marcos Victor, jogador que faz 21 anos nesta segunda-feira (26) e foi comprado do Ceará por R$ 3,9 milhões. O Esquadrão também tem acordo com o Fluminense pelo atacante Gabriel Teixeira. Biel, como é conhecido, já está em Salvador e custará cerca de R$ 10,5 milhões.
A compra do atacante seria um recorde na história tricolor. Até então, o maior valor gasto pelo clube na aquisição de um atleta foi R$ 5,7 milhões pelo zagueiro Juninho, em 2019. Na época, a cifra foi paga ao Palmeiras por 50% dos direitos econômicos. Porém, antes mesmo de ser anunciado, Biel já foi superado por outro atleta: o volante Christian.
O jogador do Athletico-PR, de 22 anos, teve sua compra acertada por 3 milhões de dólares (cerca de 15,4 milhões na atual cotação). Christian já se despediu da equipe paranaense e é esperado em Salvador hoje ou nos próximos dias para realizar exames médicos e assinar contrato de cinco anos. Ele é considerado uma grande promessa.
O valor ofertado por Christian é similar ao que o Esquadrão ofereceu por outro atleta, segundo a imprensa argentina: o centroavante Alejo Veliz, de 19 anos, que pertence ao Rosário Central. Veliz marcou oito gols na última temporada e foi convocado para o Sul-Americano sub-20, que será disputado em janeiro. O clube estrangeiro analisa a proposta.
Valor mínimo
Pelo acordo firmado entre Bahia e Grupo City, o fundo árabe se comprometeu em investir pelo menos R$ 500 milhões na compra de atletas. O prazo para a realização dos aportes é de 15 anos, mas esse valor é o mínimo garantido e não interfere que o investimento realizado seja maior ou feito em um prazo menor.
Por sinal, todos os investimentos realizados ou tentados pelo Bahia até aqui obedecem a um mesmo perfil: jogadores jovens e promissores que prometem entregar retorno técnico e financeiro ao clube. Essa será uma tendência nos próximos anos. O clube tem utilizado a base de dados e a experiência do City para mapear e identificar talentos. Inclusive, o diretor de futebol Cadu Santoro antes exercia a função de chefe de “scout” no grupo. Scout é o termo em inglês para “olheiro”.
Fonte: Correio