A Bahia tem a terceira menor taxa de morte de pedestres e ciclistas em acidentes de trânsito do país. O estado concentra um índice menor que a média nacional. O dado foi disponibilizado pelo Ministério da Saúde neste mês e traz um compilado de informações sobre o tema referentes a 2018.
No Brasil a taxa de mortalidade de pedestre entre as vítimas no trânsito é de 2,5 óbitos por 100 mil habitantes, enquanto na Bahia ela é de 1,6. O estado fica atrás apenas do Rio Grande do Norte, que possui a menor taxa do país, e da Paraíba.
Já em relação à mortalidade entre os ciclistas, a taxa nacional é de 0,6 óbitos por 100 mil habitantes. O Amazonas apresentou a menor taxa (0,2/100 mil), Rondônia a maior (1,6 por 100 mil), ao tempo que a Bahia ficou na terceira posição com 0,3. O dado coloca o estado, ao menos teoricamente, entre os mais seguros para aqueles que utilizam bicicletas para se locomover.
Durante a pandemia a bicicleta se tornou um meio de transporte mais seguro, por permitir o distanciamento social. Relatório da Confederação Nacional do Transporte (CNT) identificou que a pandemia mudou a rotina de muita gente e a relação das pessoas com diversos serviços. No tema locomoção, ela evidenciou a busca por formas alternativas ao transporte público.
O dado consta na pesquisa “Mudanças no setor de transporte pós-Covid-19”, divulgada no fim de julho. Uma das conclusões da entidade é de que o receio da contaminação interferiu na priorização de deslocamentos por meios de transporte em que não há a necessidade de compartilhamento de espaços fechados, a exemplo dos ônibus, vans e metrôs. Em Salvador, a gestão municipal se antecipou e anunciou, em junho, que vai alargar calçadas e incentivar o uso de bicicleta pela população. O anúncio foi feito pelo prefeito ACM Neto (DEM) ao apresentar o primeiro eixo, de um total de sete, do plano para estimular a economia da cidade, atingida pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus.
No “Panorama da mortalidade e internação de vítimas de lesões no trânsito nos estados brasileiros”, a mortalidade no trânsito é classificada pelo Ministério da Saúde como um “grave problema de saúde pública”. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que anualmente 1,35 milhões de mortes são registradas no trânsito. O número representa uma média de uma morte a cada 24 segundos.
O documento do Ministério da Saúde ainda traz que a taxa de mortalidade por lesões de trânsito no Brasil é de 14,8 óbitos por 100 mil habitantes. Ao observar as unidades federativas, em 17 as taxas são maiores que a nacional. Não é o caso da Bahia. Com 13,6, o estado ocupa a 7ª posição no ranking de menos mortes por habitantes.