O primeiro passo para conquistar o título do Campeonato Baiano foi dado, mas a disputa segue aberta, já que na noite desta quarta-feira (5), Atlético de Alagoinhas e Bahia não passaram de um empate sem gols no estádio de Pituaçu.
O resultado força tanto o Carcará quanto o tricolor a vencer o jogo da volta, sábado (8), às 16h30, no mesmo local, para ser o campeão da atual edição do estadual.
Como não existe vantagem de jogar por dois resultados iguais no Baianão, empate por qualquer placar levará a decisão para os pênaltis.
O jogo
Na busca pelo título estadual, Roger repetiu a receita que adotou desde a retomada do futebol e colocou em campo um time formado por reservas da equipe principal. A única novidade foi a presença do goleiro Douglas, que voltou a disputar uma partida após quase seis meses.
E foi das mãos de Douglas que quase saiu o primeiro gol da partida. Logo aos três minutos, Ernando saiu jogando errado e entregou a bola para Edilson. O meia chute forte e Douglas deu o rebote para o centro da área, nos pés de Tobinha. Sozinho e com o goleiro tricolor no chão, o atacante do Carcará mandou para fora e perdeu chance incrível.
Com mais posse de bola, o Bahia tentava envolver o Atlético no seu jogo, mas, repetindo o roteiro da véspera contra o Ceará, apresentava dificuldade para passar pelo bloqueio montado pelo time do interior.
Quando conseguia criar, a tomada de decisão era errada. Aos 11 minutos, Daniel fez a tabela e invadiu a área. O meia tinha a opção de Saldanha livre, mas mandou direto para o gol, fraco, e o goleiro Fábio fez a defesa.
Depois foi a vez de Marco Antônio receber passe de Saldanha e, de longe porém com gol vazio, tentou por cobertura e chutou para fora – mas havia impedimento de Saldanha no lance.
Aos 34 minutos a situação ficou complicada para o Atlético. Saldanha puxou rápido contra-ataque e ia entrar na área quando foi derrubado por Makelele. O volante recebeu o cartão vermelho direto. Na cobrança da falta, Marco Antônio mandou para longe.
Sem ser incomodado, o Bahia seguiu desperdiçando chances de abrir o placar. Na saída errada de Fábio Lima, Jadson recebeu livre na pequena área e bateu para fora. Logo depois, Marco Antônio não aproveitou o cruzamento de Saldanha e errou o alvo.
Insosso
Aproveitando a superioridade numérica, o Bahia voltou para o segundo tempo com o atacante Clayson na vaga do volante Elton. Apesar da mudança, seguiu sem conseguir furar o ferrolho do Atlético.
Com a entrada da área congestionada, o Esquadrão passou a apostar nas jogadas pelos lados. Na tabela com Saldanha, Marco Antônio chutou cruzado e Fábio Lima defendeu. Aos 10 minutos, Zeca pegou rebote, chutou colocado e a bola caprichosamente explodiu na trave.
Na busca pelo gol, Roger voltou a deixar o Bahia mais ofensivo colocando Alesson no lugar de Jadson. Mas foi Ernando quem teve a chance de tirar o zero do marcador. Na cobrança de escanteio, o goleiro Fábio cortou mal e o zagueiro pegou de primeira. A bola explodiu na defesa.
Até então, o Atlético seguia sem ameaçar o Bahia. Mas aos 21 minutos o Carcará apareceu. Tobinha finalizou forte de fora da área e obrigou Douglas a fazer grande defesa.
O jogo ficou frio em boa parte da segunda etapa. Só aos 38 minutos o Atlético voltou a incomodar com Vitinho. Sem competência para tirar o zero do placar, Atlético e Bahia deixaram a disputa pela taça em pé de igualdade.
Ficha técnica: Atlético de Alagoinhas 0x0 Bahia
1º jogo da final do Campeonato Baiano 2020
Atlético de Alagoinhas: Fábio Lima, Paulinho, Mailson (Saulo), Eduardo e Filipinho; Makelelê, Dedeco e Edilson (Lucas Alisson); Tobinha, Russo (Vitinho) e Magno Alves (Edson). Técnico: Agnaldo Liz
Bahia: Douglas, Nino Paraíba (João Pedro), Wanderson, Ernando e Zeca; Ronaldo, Jadson (Alesson), Elton (Clayson) e Daniel (Caíque); Marco Antônio e Saldanha. Técnico: Roger Machado
Estádio: Pituaçu, em Salvador
Cartão amarelo: Fábio Lima (Atlético); Daniel (Bahia)
Cartão vermelho: Makelelê (Atlético)
Árbitro: Diego Pombo Lopez, auxiliado por Paulo de Tarso Bregalda e Marco Welb Rocha (trio da Bahia)