O maior clássico do futebol sul-americano voltará a decidir a Copa América após 14 anos. Nesta terça-feira, 6, a Argentina bateu a Colômbia com fortes doses de drama, nos pênaltis, após empate em 1 a 1 no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Com isso, chegou à final diante do Brasil, marcada para o próximo sábado, 11, no Maracanã, no Rio.

Em busca de seu primeiro troféu com a seleção adulta, Lionel Messi voltou a brilhar na competição com uma assistência para o gol de Lautaro Martínez, mas o colombiano Luís Díaz empatou com um belo tento na segunda etapa. Nos pênaltis, brilhou a estrela do goleiro Emiliano Martínez com três defesas.

Na véspera, logo após a vitória sobre o Peru, Neymar avisou que preferia enfrentar a Argentina, de seus amigos Messi, Ángel Di María e Leo Paredes na decisão. Os hermanos obviamente tinham o mesmo desejo. Logo em seu primeiro toque na bola, Messi entortou a zaga colombiana com uma sequência de dribles e cruzou para Lautaro, que cabeceou rente à trave. Aos seis minutos, no entanto, a sociedade funcionou: Messi rolou para trás e o atacante da Inter de Milão finalizou cruzado, sem chances para David Ospina.

A Colômbia respondeu em chute de Juan Cuadrado, bem defendido por Emiliano Martínez. A Argentina baixou seu ritmo e sofreu. Aos 35 minutos, a seleção cafeteira ainda acertou duas bolas na trave, com Wilmar Barrios e Yerry Mina. No fim da primeira etapa, os argentinos ainda assustaram em cabeçada de Nico González que parou em excepcional defesa de Ospina.

Na segunda etapa, a Colômbia chegou a um merecido empate com seu principal jogador na competição: Luís Diaz, do Porto, que já havia marcado um golaço de voleio diante do Brasil na primeira fase, ganhou na velocidade de Germán Pezzella e tocou com categoria na saída de Martínez. A Argentina melhorou após a entrada de Di María. Aos 27, em uma chance incrível, o meia do PSG se aproveitou de falha da zaga e rolou para Lautaro, sem goleiro, mas seu chute parou em Barrios, que tirou em cima da linha.

Na última decisão entre Brasil e Argentina na Copa América, a equipe dirigida por Dunga levou a melhor por 3 a 0, na Venezuela. Aquela foi a primeira das quatro finais perdidas por Messi pela seleção (houve ainda duas derrotas para o Chile, nas finais continentais de 2015 e 2016, e uma diante da Alemanha, na Copa do Mundo de 2014).