Após dois anos de pandemia, a Covid-19 começou a reduzir seu índice de contaminação e isso pode ser constatado na queda nos números de infectados e ocupações de leitos de UTI adulto e pediátrico. Em razão desse cenário mais positivo, há quase 1 mês que a população soteropolitana já pode circular em lugares abertos e fechados sem fazer uso das máscaras de proteção.
“Estamos em um momento muito adequado de retirada, desobrigação do uso das máscaras, porque a gente está com um número de casos bem controlados, a gravidade da doença tá menor e estamos com uma boa cobertura vacinal”, defendeu a infectologista, Clarissa Cerqueira.
Mas, apesar da liberação, Clarissa Cerqueira indica o uso das máscaras em duas determinadas situações. Confira:
- Em ambientes fechados. “Caso a pessoa queira se proteger e esteja em um lugar muito aglomerado, muita gente próximo”.
- Quem estiver doente para não passar para outras pessoas. “Quem tá com um quadro de resfriado precisa usar”.
Segundo a infectologista, a máscara é uma importante ferramenta de enfrentamento às transmissões de quadros infecciosos. Portanto, a pessoa que estiver com doenças como a Covid, gripe ou influenza deve utilizar a proteção facial para evitar a transmissão.
Além disso, a especialista Clarissa Cerqueira chama atenção para a próxima estação do ano, o inverno, é necessário um cuidado ainda maior, já que nesse período a possibilidade de ser acometido com uma dessas doenças é maior.
“É importante para evitar a transmissão de doenças pela via respiratória, que podem ser passadas, é eficaz pra evitar a transmissão de Covid, influenza, gripe, principalmente com o inverno chegando”, ressaltou a infectologista.
Para a estudante de medicina, Mariana Luísa, a máscara continua sendo sua aliada em ambientes com aglomeração de pessoas e quando precisa se deslocar em transportes públicos. “A contaminação nesses lugares é muito maior do que em abertos, aí eu prefiro me proteger, além das vacinas, usando a máscara”, disse a jovem.
Vale ressaltar que, nesta quarta-feira (27), os indicadores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apontam para 41 pessoas consideradas adultas ocupando leitos de UTI e 27 pessoas consideradas crianças ocupando em leitos de UTI pediátrico.
Uma nova onda de Covid pode ocorrer?
Questionada sobre a possibilidade de uma nova onda do coronavírus, a infectologista não descarta a hipótese. “A gente sempre deve tá preparado e vigilante com o número de casos de Covid, a gente pode sim ter outra onda, o vírus ele pode sofrer mutação e a gente não ter uma cobertura muito adequada com a vacina e aí ter outra onda de casos, pode acontecer”, afirmou.
Contudo, Clarissa Cerqueira pontuou que isso pode acontecer não com o coronavírus, mas com qualquer outro vírus, que esteja circulando.
Fonte: BNews