O primeiro lote da vacina contra a Covid-19, desenvolvida na Universidade de Oxford, na Inglaterra, já está no Brasil. Neste primeiro momento serão dois mil voluntários brasileiros que receberão a vacina nas próximas três semanas.

Os experimentos, inicialmente, serão feitos apenas no estado de São Paulo e no Rio de Janeiro. Parte da imunização está armazenada em temperaturas negativas até que seja iniciado o estudo. O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido que vai começar a testar a eficácia da imunização contra a Sars-CoV-2.

No Rio de Janeiro, serão mil testes realizados em voluntários pela Rede D’Or São Luiz. O custo do estuda é de R$ 5 milhões, que serão bancados pela Rede, sob coordenação do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor).

Já em São Paulo, os outros mil testes serão conduzidos pelo Centro de Referência para Imunológicos Especiais (Crie) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com financiamento da Fundação Lemann.

O voluntários que necessitam participar dos testes precisam passar por um exame comprovando que nunca foram infectados com o novo coronavírus. Apenas quem poderá se inscrever serão profissionais da saúde que atuam na linha de frente de combate à Covid-19, além de adultos entre 18 e 55 anos que também trabalhem em ambientes de alto risco de contaminação.

Com a previsão otimista de ficar pronta ainda em 2020, a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford ofereceu proteção em um estudo pequeno com seis macacos, resultado que levou ao início de testes em humanos no final de abril.

A vacina já está sendo aplicada em 10 mil voluntários no Reino Unido. A dificuldade para provar a possível eficácia está no fato de os cientistas dependerem da continuidade da circulação do vírus entre a população para que os voluntários sejam expostos ao coronavírus Sars-Cov-2.