Recebemos em nossos estúdios da TV e Rádio Web Olha a Pititinga a enfermeira Marcela de Oliveira, que falou de sua indignação com a demora para receber a dose da vacina contra a Covid-19.
Marcela contou que, por motivos de força maior, não se vacinou quando todos os profissionais da saúde receberam suas doses e que agora enfrenta dificuldades para receber a imunização. Ela é cadastrada no Posto de Saúde da Família (PSF), no bairro da Pitanga.
A enfermeira reclamou que está esperando há uma semana, mas sem êxito. Ela contou que após alguns dias sem retorno, procurou os responsáveis pela organização dos PSF’s da cidade de Cachoeira para questionar a demora no atendimento.
“Marcela narrou que na última quarta-feira ela pensou que tomaria a vacina, fez todos os protocolos, mas teve que esperar algumas prioridades que estavam sendo realizadas no posto. Enquanto não era sua vez, ela saiu para resolver algumas demandas e retornou às 14h, quando foi informada que não poderia mais receber a dose naquela tarde, porque se a vacina fosse aberta poderia perder as doses que não foram aplicadas.
“Eu quero saber como está funcionado a saúde do município. São questionamentos que a Vigilância Sanitária poderia me responder, mas acabei de procurar na Policlínica e não encontrei, então resolvi falar aqui, pois sei que é uma rádio muito respeitada no recôncavo e sei que a minha reclamação vai chegar a essas pessoas”.
Apos questionar a existência de prioridades com horários específicos, Marcela deixou um recado para a enfermeira da unidade, a coordenação da Vigilância Epidemiológica e a Secretaria de Saúde de Cachoeira: “A gente precisa de estratégia, precisamos saber como está funcionando cada coisa, entender como está sendo o gerenciamento, porque para fazer saúde é fácil, mas ser gestor é difícil e a gente precisa ter o olhar de gestor.
Não precisamos fazer saúde sendo enfermeiro de formação, enfermeiro de mesa, precisamos de pessoas atuantes, que façam busca ativa, que tragam resultados. É fácil passar informações para uma pessoa sem conhecimento, pois as pessoas vão acreditar no profissional.
Outra coisa é passar uma informação de profissional para profissional, já que ambos sabem o que é certo e o que não é”.
Marcela demonstrou toda sua revolta com a situação e destacou que estava no posto como paciente e não como enfermeira.
Débora Costa, enfermeira do Posto Izidro Lobo, informou a nossa equipe que tudo o que foi dito por Marcela foi totalmente diferente de como tratou os funcionários do posto, pois houve sim discussão, e que aconteceram agressões por parte da mãe de Marcela. Deborá na oportunidade motrou alguns arranhões no braço. A enfermeira Débora prestou queixa na delegacia de Cachoeira.
FONTE: OLHA A PITITINGA