O Bahia segue sem vencer na Copa do Nordeste. Na noite deste sábado (4), o tricolor vencia a partida até os 47 minutos do 2º tempo, mas levou o gol e ficou no empate por 2×2 com o Ferroviário, na Fonte Nova.

Em um jogo no qual o Bahia teve as melhores chances no primeiro tempo, os gols saíram apenas na segunda etapa. Erick Pulga abriu o placar para o Ferroviário, mas Lucas Mugni empatou minutos depois em falta cobrada direta.

O Bahia virou o placar aos 38 minutos, com Everaldo, mas Erick Pulga marcou mais um gol aos 47 minutos e impediu a vitória baiana.

O empate não foi um bom resultado para o Bahia. O tricolor tem apenas um ponto no Nordestão. O time ocupa a sexta colocação do grupo B e pode ser ultrapassado no complemento da rodada. O Ferroviário é o vice-líder da chave A, com quatro pontos.

Com a ausência de Rezende, machucado, Renato Paiva mudou o esquema do Bahia. Ele promoveu a entrada de Diego Rosa no meio-campo e escalou Ricardo Goulart ao lado de Everaldo. Na lateral esquerda, Ryan ficou com a vaga de Chávez, que foi para o banco.

Sem a presença de um meia armador de origem, o Bahia concentrou as suas jogadas ofensivas pelos lados dos campos. O Esquadrão aproveitava a saída de bola com os zagueiros para atrair o Ferroviário e abrir espaços para os atacantes e laterais.

O Bahia conseguiu uma boa chance logo nos primeiros minutos. Na jogada de escanteio, Ricardo Goulart mandou de cabeça, mas o goleiro fez boa defesa. Quando o tricolor não tinha a bola, Goulart era o jogador que recuava para o meio-campo, deixando Everaldo mais na frente.

Apesar da impressão inicial de que o Bahia colocaria intensidade no duelo, o que se viu em boa parte do primeiro tempo foi um jogo de muita cadência pelo lado azul, vermelho e branco e poucas chances claras. Enquanto isso, o Ferroviário não mostrava pressa e buscava o contra-ataque, mas praticamente não assustou.

Ainda no primeiro tempo Renato Paiva fez a primeira mudança. O zagueiro Kanu sentiu a posterior da coxa e foi substituído por David Duarte.

Quando a jogada do Bahia pelo meio encaixou, a oportunidade apareceu. Aos 24 minutos, Biel acertou belo passe para Cicinho. Na entrada da área, o lateral chutou forte, mas a bola explodiu na trave. Na volta, Everaldo finalizou, mas o goleiro Douglas salvou.

A pontaria, aliás, voltou a ser uma pedra no sapato tricolor. Aos 34 minutos o time desceu em rápido contra-ataque. Kayky invadiu a área e cara a cara com o goleiro acertou o travessão.

VIRADA E VACILO

O Bahia voltou do intervalo com o mesmo time. Quem mudou a postura foi o Ferroviário. O Tubarão subiu as linhas e passou a incomodar o tricolor. Os cearenses criaram chances em duas jogadas de escanteio.

Pouco inspirado no retorno da partida, o Esquadrão errou passes bobos no ataque e tirou a paciência da torcida na arquibancada. O que estava se desenhando aconteceu.

Depois da bola perdida pelo tricolor no ataque, o Ferroviário puxou um contra-ataque de manual. Wesley invadiu a área e cruzou rasteiro para Erick Pulga abrir o placar, aos nove minutos.

Para a sorte do Esquadrão, Renato Paiva teve estrela na mexida logo após o gol sofrido. Mugni e Daniel foram para o campo. Na primeira participação no jogo, o argentino cobrou falta direta e empatou o duelo na Fonte Nova.

O gol de Mugni foi o suficiente para a torcida do Bahia voltar a cantar alto. O duelo seguiu aberto, mas o tricolor empilhou chances perdidas. Everaldo e Ricardo Goulart tiveram a chance da virada.

Quando a bola foi no alvo, o goleiro do Ferroviário mostrou serviço. Douglas defendeu o chute cruzado de Mugni. No rebote, ele operou um milagre na finalização de Daniel.

A situação do Esquadrão só ficou favorável aos 38 minutos. Na jogada individual, Biel foi derrubado dentro da área e o pênalti foi marcado. Everaldo bateu no canto esquerdo do goleiro, desencantou e virou o duelo.

O primeiro triunfo do Bahia parecia certo e a torcida festejava na Fonte Nova, mas aos 47 minutos Erick Pulga recebeu dentro da área e teve categoria para deixar tudo igual no confronto. O Bahia foi vaiado por alguns torcedores após o apito final.

Fonte:Correio