O presidente Jair Bolsonaro, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), anunciou ontem (25) uma ação no Supremo Tribunal Federal contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes de suspender contas de apoiadores do governo nas redes sociais.

A Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) foi protocolada depois que Moraes determinou ao Twitter e Facebook que retirassem do ar contas de influenciadores, empresários e políticos bolsonaristas, como o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), Sara Giromini (conhecida como Sara Winter), o blogueiro Allan dos Santos e os empresários Luciano Hang (da Havan) e Edgard Corona (das academias Smart Fit). Eles são investigados no inquérito das fake news e tiveram suas contas suspensas nesta semana.

No pedido, assinado também por Bolsonaro, a AGU não cita os nomes dos investigados, mas critica medidas judiciais como a tomada pelo ministro.

A ação pede que o plenário do STF suspenda liminarmente as decisões que “tenham deferido medidas cautelares penais de bloqueio/interdição/suspensã de perfis de redes sociais”. O governo alega que medidas neste sentido afrontam a Constituição e a “liberdade de expressão”. A medida foi anunciada pelo presidente nas redes sociais.