O diretor da Abin, Alexandre Ramagem, primeira opção de Jair Bolsonaro para a superintendência da Polícia Federal, ficou irritado ao ser associado como a possível fonte do vazamento da Operação Furna da Onça, que chegou ao esquema de “rachadinha” que envolvia o então deputado estadual Flávio Bolsonaro.

Ele garante não ter relação alguma com o vazamento. Nos bastidores, policiais do Rio de Janeiro descartam a sua participação, já que à época, Ramagem trabalhava em Brasília. O diretor diz que só conheceu a família Bolsonaro em outubro de 2018, quando foi contratado para a equipe de segurança de Jair Bolsonaro, candidato à eleição presidencial daquele ano.

Membros da Polícia Federal identificaram três possíveis suspeitos pelo vazamento a Flávio, que veio à tona após entrevista do empresário e apoiador bolsonarista, Paulo Marinho, à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

De acordo com Marinho, o senador soube da investigação com antecedência, assim que foi ligado o seu nome a Fabrício Queiroz, ex-assessor e responsável por organizar o dinheiro da rachadinha. O aviso teria sido dado entre o primeiro e segundo turno da eleição, por um delegado da PF simpatizante do presidente.

Ex-motorista de Flávio e amigo pessoal do capitão desde os tempos de exército, Queiroz foi exonerado do gabinete do filho 01 no dia 15 de outubro de 2018. No mesmo dia, a sua filha Nathalia Melo de Queiroz, também foi exonerada do cargo de secretária parlamentar no gabinete de Jair Bolsonaro.