Pressão, estádio pequeno, 25 mil pessoas nas arquibancadas e erro claro de arbitragem. Nada disso foi capaz de fazer o Brasil se amedrontar no clássico desta terça-feira (16), diante da Argentina, em San Juan. Já garantida na Copa do Mundo de 2022, no Catar, a Seleção encarou o desafio, segurou os rivais e empatou o 0x0, mantendo a invencibilidade nas Eliminatórias Sul-Americanas.

Sem Neymar, Tite optou pela entrada de Vini Jr no lado esquerdo do ataque. Matheus Cunha, por sua vez, ganhou a vaga de Gabriel Jesus como centroavante. No setor defensivo, Fabinho e Éder Militão entraram nos lugares de Casemiro e Thiago Silva.

Nos 10 minutos iniciais, os donos da casa deixaram claro qual seria a postura: pressionar na marcação e não dar espaço para os brasileiros. Até deu certo, mas a estratégia também permitia que o Brasil buscasse os contra-ataques, o que aconteceu.

Foram três boas oportunidades para a equipe verde e amarela em sequência, sendo duas delas com Vini Jr. Na primeira, o atacante errou a passada na entrada da área e saiu com bola e tudo. Na segunda, cara a cara, tentou encobrir Martínez e errou o alvo. Por fim, Matheus Cunha arriscou do meio-campo e por pouco não surpreendeu.

Com o passar do tempo, os argentinos começaram a ficar impacientes com a falta de oportunidades e o jogo ficou mais tenso. Responsável por armar o jogo para a Seleção, Lucas Paquetá sofreu com as pancadas no tornozelo cada vez que recebeu a bola.

Aos 33 minutos, um lance que poderia mudar a história do jogo. Raphinha fez jogada pela linha de fundo e perdeu a bola. Na tentativa de recuperar, levou uma cotovelada em cheio do zagueiro Otamendi. O juiz não deu nada, o VAR não recomendou a revisão e ficou por isso mesmo. O brasileiro, com a boca sangrando, precisou de atendimento.

Antes do intervalo, o Brasil ainda tomou um susto. Messi tocou para Acuña, que achou um bom passe para De Paul. Na entrada da área, o volante arriscou e Alisson se esticou para espalmar.

Segundo tempo

Depois do descanso, Tite resolveu manter a mesma escalação para a etapa final. Já Scaloni colocou Joaquín Correa e Lisandro Martínez nos lugares de Lautaro e Paredes, respectivamente. Com menos de 10 minutos, Romero sentiu lesão muscular e deu lugar a Pezella na zaga.

A primeira boa chance veio aos 15 minutos e foi do time canarinho. Em cobrança de falta brasileira, a zaga argentina afastou e a redonda sobrou para o volante Fred. Ele dominou, emendou de perna direita e acertou o travessão.

Logo depois, Vini Jr brilhou. Pegou a sobra na linha de fundo, deu uma carretilha em Molina e passou para Paquetá, que bate cruzado. Matheus Cunha tentou finalizar e a bola foi pra fora.

Dali pra frente, o jogo ficou truncado no meio de campo e as chances de gol desapareceram. Restou ao Brasil fazer testes com as entradas de Antony e Gerson, e confirmar a igualdade em 0x0.

A Seleção só volta a jogar em 2022, no dia 27 de janeiro, quando encara o Equador fora de casa. Depois, recebe o Paraguai no dia 1º de fevereiro, no Mineirão, em Belo Horizonte.