O preço do diesel pode ter novo aumento, de R$ 0,69 o litro. A informação foi divulgada pelo Sindicombustível nesta quarta-feira (7). O reajuste é resultado da elevação no preço do biodiesel – que integra a composição do diesel vendido nas bombas – e o fim da isenção do PIS-Cofins.

O Sindicombustíveis relata que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) suspendeu, ontem (06/04), a etapa 3A do 79º Leilão de Biodiesel, que visa abastecer o mercado em maio e junho, atendendo à solicitação do Ministério de Minas e Energia. Esta medida poderá impactar em R$ 0,36/litro o preço na bomba, segundo cálculos do especialista em Mercado de Combustíveis da entidade, Nélio Wanderley.

O fim da isenção dos tributos federais PIS/Cofins, no final deste mês de abril vai encarecer mais R$ 0,31 por litro. “Com o fim da isenção, que voltará a ser cobrada, somando R$0,31 e R$0,36, o aumento do diesel vai para R$0,67”, afirmou Wanderley.

Crise

Para o presidente do Sindicombustíveis Bahia, Walter Tannus Freitas, este aumento do diesel é inviável para a revenda e para os caminhoneiros absorverem. “Nessa pandemia, houve queda acentuada nas vendas de combustíveis e os caminhoneiros apresentam dificuldades financeiras”, acrescentou Tannus.

O executivo defende que “o governo federal, seus ministros e ANP reavaliem e reduzam drasticamente o percentual de 13% da mistura do biodiesel no diesel”. A entida ressalta que, de acordo com dados da ANP, em 2020 foram comercializados 131,76 bilhões de litros de combustíveis no Brasil, uma queda de 5,97% em comparação com 2019.