O presidente Jair Bolsonaro sancionou, na tarde desta quarta-feira (10), o projeto que prevê medidas que ampliam a capacidade de aquisição de vacinas contra a covid-19 pelo Brasil. Durante a cerimônia, mesmo voltando a defender o uso de medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da doença, o comportamento do presidente chamou atenção. Tanto Bolsonaro quanto os integrantes da bancada solene adotaram alguns protocolos de combate à pandemia, como o uso de máscara e o respeito ao distanciamento social. A proposta sancionada nesta tarde autoriza o governo a assumir risco por efeitos adversos.

Numa visível mudança de postura, o presidente, pela primeira vez, não condenou a política de distanciamento adotada por alguns estados. Segundo ele, “a política de lockdown, distanciamento, confinamento adotada no início da pandemia visava tão somente dar tempo ao poder público para garantir o atendimento aos acometidos pela doença”.

Em seu discurso, o presidente listou uma série de ações implementadas pela gestão federal na perspectiva de conter as consequências da crise sanitária. “O governo não poupou esforço para atender estados e municípios. Ninguém, nenhum prefeito e nenhum governador reclamou de falta de recurso para que tivesse hospitais, leitos de UTI e respiradores”, destacou.

Bolsonaro ainda enfatizou o repasse de renda ocorrido por meio do auxílio emergencial , afirmando não ter “desamparado” a população. “Atendemos em especial aqueles invisíveis. Este é o maior programa de transferência de renda do mundo”.

VACINAS

No evento, o presidente também adotou uma postura não combativa em relação às vacinas. Pelo contrário, exaltou a ação do Ministério da Saúde e celebrou o fato de já ter distribuído uma média de 17 milhões de doses do imunizante ao país. “Já temos vacinados mais de 10 milhões. O Brasil está fazendo sua parte. O governo federal tem feito sua parte. Até o final do ano teremos mais de 400 milhões de doses”, disse, completando que as vacinas são o caminho para “gerar empregos”.